José Maria Eça de Queiroz nasceu em 25 de Novembro de 1845 e morreu em 16 de Agosto de 1900. Durante a sua vida de escritor deixou uma marca inigualável no panorama literário português. Romancista, contista, cronista é unanimemente considerado o introdutor e o maior cultor do Realismo em Portugal.
Filho natural do magistrado José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz e D. Carolina Augusta Pereira de Eça é registado como filho de mãe incógnita. Baptizado em Vila do Conde onde vive com uma ama-de-leite pernambucana, Ana Joaquina Leal de Barros, mudar-se-á com a morte desta para casa dos avós paternos em Verdemilho, Aveiro, até 1855, apesar de o casamento dos seus pais se ter realizado quatro anos depois do seu nascimento.
Em 1855 é matriculado no Colégio da Lapa, na cidade do Porto, dirigido pelo pai de Ramalho Ortigão, onde é aluno interno. Aí fará a escolaridade obrigatória até ao seu ingresso na Universidade de Coimbra, no ano de 1861, na Faculdade de Direito onde conhece Antero de Quental, Teófilo Braga, entre outros.
Em 1866 envia ao Teatro D. Maria I a tradução de uma peça de José Bouchardy, intitulada
Filidor. Forma-se em Direito e instala-se em Lisboa, em casa dos pais, no Rossio, 26, 4º andar, inscrevendo-se como advogado no Supremo Tribunal de Justiça.
Inicia a publicação de folhetins no jornal
A Gazeta de Portugal num total de dez artigos que serão reunidos no volume Prosas Bárbaras em 1909.
Conhece Jaime Batalha Reis na Redacção da
Gazeta de Portugal. Parte para Évora no final do ano, onde irá fundar e dirigir o jornal de oposição
O Distrito de Évora.
No ano de 1867 inicia a sua actividade como advogado. Em Julho deixa a direção d’
O Distrito de Évora, regressa a Lisboa e retoma a sua colaboração na
Gazeta de Portugal de Outubro a Dezembro. No final do ano forma-se o «Cenáculo», contando-se Eça de Queiroz entre os primeiros membros; do «Cenáculo» farão parte Antero de Quental, Salomão Saragga, Jaime Batalha Reis, Augusto Fuschini, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, José Fontana, entre outros.
Em 1869 são publicados no jornal
Revolução de Setembro os primeiros versos de Carlos Fradique Mendes, "poeta satânico", criação conjunta de Eça, Antero e Batalha Reis. Deste semi-heterónimo resulta também a tentativa de composição de uma opereta, «A morte do Diabo», com música do maestro Augusto Machado. Neste ano realiza uma viagem pela Palestina, Síria e Egipto, onde assiste à inauguração do Canal de Suez em companhia de Luís de Castro, conde de Resende, seu antigo companheiro do colégio da Lapa do Porto.
Regressado a Lisboa, no ano de 1870, publica no
Diário de Notícias os relatos da viagem ao Médio Oriente com o título «De Port-Said a Suez», bem como o
O Mistério da Estrada de Sintra, em colaboração com Ramalho Ortigão (de Julho a Setembro).
Neste mesmo ano é nomeado Administrador do Concelho de Leiria. Em Setembro presta provas para cônsul de 1ª classe no Ministério dos Negócios Estrangeiros, ficando classificado em primeiro lugar.
Em 1871 é publicado o primeiro número d'
As Farpas dirigido por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão. Realizam-se, também, as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, não se tendo cumprido a totalidade do programa previsto devido a uma proibição governamental ter impedido a sua continuação. Eça profere a quarta conferência intitulada «A Nova Literatura» ou «O Realismo como Expressão de Arte».
No ano seguinte é nomeado cônsul de 1ª classe nas Antilhas espanholas. No final do ano será empossado no seu cargo em Havana, aí permanecendo durante dois anos.
Em 1873 visita o Canadá, Estados Unidos e América Central.
Em 1874 publica o conto «Singularidades de Uma Rapariga Loura» no
Brinde aos senhores assinantes do "Diário de Notícias" para 1873. Transferência para o consulado de Newcastle-upon-Tyne.
A primeira versão de
O Crime do Padre Amaro é publicada em 1875 na Revista Ocidental, dirigida por Antero de Quental e Jaime Batalha Reis. Eça conclui também neste ano a escrita d´
O Primo Basilio.
As «Cartas de Inglaterra» são dadas à estampa no ano de 1877 no jornal portuense
A Actualidade mantendo-se a colaboração com este jornal até 1878. Inicia, também, a escrita de
A Capital!, publicada vinte e cinco anos após a sua morte.
Em 1878 Eça estabelece contactos com o editor Chardron apresentando «Cenas da Vida Portuguesa», projecto para 12 volumes de novelas. Publica
O Primo Basílio e é transferido para o consulado de Bristol. Inicia, também, a sua colaboração com um jornal do Rio de Janeiro, a
Gazeta de Notícias, que só terminará em 1897.
O Conde de Abranhos e
A Catástrofe são escritos em 1879, mas só serão publicados em 1925.
A novela
O Mandarim é publicada em folhetins do
Diário de Portugal no ano de 1880. Este ano é também marcado pela segunda edição em livro d´
O Crime do Padre Amaro e pela publicação dos contos «
Um Poeta Lírico» e «
No Moinho», no jornal
O Atlântico.
Em 1883 é eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências e reescreve
O Mistério da Estrada de Sintra.
No ano de 1884 visita a Costa Nova na companhia da condessa de Resende e das suas filhas, Emília e Benedita. Publicação na
Revue Universelle Internationale da tradução francesa de
O Mandarim, com um prefácio de Eça, escrito em francês. Segunda edição de
O Mistério da Estrada de Sintra.
Em 1885 visita Zola em Paris. A sua legitimação é tornada oficial pelos pais. Em 1886 casa com Emília de Castro Pamplona (Resende), no oratório particular da Quinta de Santo Ovídio no Porto. Prefacia os livros
Azulejos do conde de Arnoso e
O Brasileiro Soares de Luís de Magalhães.
Concorre com
A Relíquia ao Prémio D. Luís da Academia Real das Ciências, em 1887, perdendo a favor de Henrique Lopes de Mendonça com a obra
O Duque de Viseu. Publicação d´
A Relíquia e da escrita de
Alves & C.ª.
No ano de 1888 é nomeado cônsul em Paris. Polémica com Pinheiro Chagas a propósito da atribuição do Prémio D. Luís. Publicação de
Os Maias. Publicação no jornal portuense
O Repórter, dirigido por Oliveira Martins, de algumas «Cartas de Fradique Mendes». Forma-se em Lisboa o grupo «Vencidos da Vida».
Prefacia o livro de poemas
Aguarelas de João Dinis em 1889; sai o primeiro número da
Revista de Portugal, de que é director.
Em 1890 é publicado o primeiro volume de
Uma Campanha Alegre, reunindo a colaboração de Eça n'
As Farpas. No ano seguinte traduz
As Minas de Salomão, de Henry Rider Haggard.
Em 1892 é publicado o conto «Civilização», na
Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, a crónica «Tema para Versos», que inclui o conto «A Aia».
Inicia a escrita de
A Ilustre Casa de Ramires em 1894 e publica «As histórias: O Tesouro» e «As histórias: Frei Genebro», na
Gazeta de Notícias.
No ano de 1895 organiza, em colaboração com José Sarmento e Henrique Marques, o
Almanaque Enciclopédico para 1896 e publica «O Defunto» na
Gazeta de Notícias.
Em 1896 compila, com os mesmos colaboradores, o
Almanaque Enciclopédico para 1897 e colabora com o texto «Um génio que era um santo» na edição do
Antero de Quental - In Memoriam.
No ano de 1897 começa a publicação em Paris da
Revista Moderna sob a direcção de Martinho Carlos Arruda Botelho. Nos dois primeiros números Eça publica os contos «A Perfeição» e «José Matias» e o número de Novembro, dedicado ao Escritor, começa a dar a conhecer
A Ilustre Casa de Ramires. No ano seguinte edita o conto «O Suave Milagre».
No ano de 1899 prepara, em simultâneo, a publicação de três romances:
A Correspondência de Fradique Mendes,
A Cidade e as Serras e
A Ilustre Casa de Ramires.
A 16 de Agosto de 1900 morre após prolongada doença, em Neuilly. Em Setembro, o corpo é trasladado para Portugal, realizando-se os funerais para o cemitério do Alto de S. João em Lisboa e, no ano de 1989, é trasladado para o cemitério da freguesia de Santa Cruz do Douro por iniciativa da Sra. D. Maria da Graça Salema de Castro, presidente vitalicia da Fundação Eça de Queiroz.
Em 1900
A Correspondência de Fradique Mendes e
A Ilustre Casa de Ramires são publicados em volume após a sua morte.
A Cidade e as Serras virá a público em 1901.
coupons for prescription medications
martialinfo.com discount card prescription
the cost of an abortion
go where to buy abortion pill
cialis 100 mg
cialis cialis 5 mg
abortion pill costs
acnc.com medical abortion pill